Sabe aquelas promessas que a gente faz na virada do ano? Esse blog foi uma das minhas. Ele já existia há algum tempo, mas eu não sabia o que escrever. Aliás, escrever é algo que sempre gostei, acho que desde a adolescência, mas a convivência diária com um jornalista, me fez perceber o quanto um bom texto pode influenciar as pessoas, desde o simples gosto pela leitura, até o interesse persistente em determinado assunto. Repaginei o blog e aqui estou com a promessa de um texto por semana.
Em 2009, me formei em Arte Visual pela UEL (Universidade Estadual de Londrina ou, para os amigos conterrâneos de São Joaquim da Barra, Universidade Estadual Longe pra caramba), e ainda não sabia direito o motivo de ter colocado o X nessa opção de curso para o exame do vestibular. Em alguns momentos no decorrer dos quatro anos da graduação, me senti um peixe fora d'água até descobrir o grande leque que se abre quando o assunto é arte. Participei de dois grupos de pesquisa com bolsa para alunos de Iniciação Científica, e foi aí que descobri o que eu mais gostava, o que eu sempre gostei desde criança e até então não tinha percebido: estudar. Terminei a graduação - aqueles quatro melhores anos da nossa vida, que passam voando e que só quem passou pela "vida universitária" vai guarda-los pra sempre na lembrança - e decidi que não podia parar de estudar. Encontrei uma pós-graduação: História da Arte, e o melhor: em Ribeirão Preto (bem mais perto que Londrina, apesar de saber que perto ou longe depende do ponto de vista). Percebi que não quero parar com isso nunca mais. E aquele X na escolha tão precipitada da vida de uma vestibulanda, faz todo o sentido na minha vida agora.
Ócio Criativo foi escolhido por conta de uma professora da graduação, que também foi minha orientadora na Iniciação Científica, e sempre dizia que devíamos aproveitar o tempo vago, o ócio da vida de um estudante, aquele tempo em que se permite não fazer nada, para produzirmos ou criarmos algo útil. Eu não sou muito boa com desenho, pintura e escultura. Me arrisquei na fotografia e no vídeo por um tempo e gostei. Mas dentre as possibilidades da arte com a qual mais me identifico é observar. E como eu gosto disso, observar e escrever sobre. Aprendi que ver é diferente de olhar, que é diferente de observar. Apreciar uma obra de arte demanda tempo, é preciso paciência e calma. É preciso descansar o olhar sobre a obra. É sobre esse olhar que pretendo falar aqui. Não um olhar comum, coletivo, mas o meu olhar, a minha análise de obra de arte. Boas leituras (e promessas) para 2011. Bem-vindos e apreciem.
6 comentários:
Boa sorte, musa!
Creio que parte do que foi dito ae sobre observar pode ser relacionado com o que penso sobre as coisas e como observo e sempre quero escrever sobre. Mas supor que ninguem está interessado nisso me faz calar sobre o assunto. Acho legal tua iniciativa!
Igor Tiosso
Boa Carla! Eu queria que vc tivesse aqui explicando para gente, mas assim já vai ajudar bastante heaoheuoaheheoa
Uma correção só: é São Joaquim que fica longe pra caramba... Londrina é o centro, rapah!
Beijão!
Carla, enquanto lia seu texto me veio na cabeça exatamente o dia do seu trote, acho que tenho fotos, lembra que você foi lá na escola?
Nooooossa o tempo passou, mas produzimos coisas boas né? Vc nos estudos e eu fiz até um bebê ;) bjs
Ae moça adorei o bloq...muito interessante...vou passar sempre para ler seus textos...abraços...primin
ae moça adorei o bloq muito legal, vou passar sempre para aprender um pouco de arte com quem entende de verdade...abraços e continue com o bom trabalho...primin
Postar um comentário