sexta-feira, 29 de abril de 2011

Abadia de Westminster



Hoje minha colega Kate casou. Ok, eu ia começar a seguir uma linha do tempo no blog, mas o acontecimento na Abadia de Westiminster, não me deixou pensar em outra coisa.

Kate estava linda, o vestido lindo e o príncipe idem. Alguém lembrou de olhar a Abadia? É, talvez algumas pessoas.

A Igreja do Colegiado de São Pedro em Westminster, a mais importante de Londres foi construída no século X e é considerada uma igreja em estilo gótico.

Expressa sua grandiosidade pela crença em Deus, por isso tudo se volta para o alto. Há nela túmulos de vários monarcas, o que fixa ainda ainda mais a crença em Deus.

O estilo gótico é identificado pelas grandes catedrais. As abóbodas e as ogivas são elementos que caracterizam as construções do período. Cheia de simbologia teológica, as paredes da Igreja eram a base espiritual, onde os pilares representavam os santos e os arcos, os caminhos que levavam a Deus.

Grandes cerimônias foram realizadas na Abadia, não seria diferente em mais um casamento Real.

Ah e os sinos... a música, a melodia...

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Renascimento

Aproveitando o assunto do post anterior e já repondo a falta de um texto na semana passada (fiquei out por uns dias, rs), vamos ver um pouquinho do que foi o Renascimento:


A escola de Atenas - Rafael

Primavera - Botticelli

A anunciação - Leonardo da Vinci

A anunciação - Fra Angélico


O Renascimento foi um período da história da Europa marcado por transformações que assinalam o final da Idade Média e início da modernidade, período este em que se buscou o conceito de Belo.
É também o período da redescoberta da perspectiva, baseada principalmente nas obras da antiguidade, buscando a teorização da profundidade. As obras da Grécia Antiga se tornam objetos de estudo para os artistas renascentistas, principalmente no sentido de encontrar uma afinidade cultural, alcançando, assim, um distanciamento do que era feito na Idade Média.

As relações entre o espaço, a matemática e o ponto de fuga são aos poucos, introduzidos nas pinturas até se tornarem normas, fundamentos e características necessárias para um pintor do Renascimento. Ao pintor cabia não só a imitação da natureza como também se esperava que ele pintasse algo mais belo ainda que a própria natureza, tornando-se seu criador, ou co-criador, já que Deus era o primeiro a criá-la.

No início da Renascença o pintor não buscava um estilo ou uma inovação, já que o necessário e mais importante era apenas a manutenção da tradição (Grega Clássica). Ao artista cabia aprender a técnica. Mais tarde, novos conhecimentos como o pensamento humanista, o empirismo e o racionalismo são aderidos ao Renascimento, atingindo, assim, seu equilíbrio classista na Alta Renascença.

Da Itália: Pietro Perugino

A aparição da Virgem a S. Bernardo, c. 1490-94

O italiano Pietro Perugino (1450-1523), retratou entre tantas cenas, uma onde a Virgem aparece para São Bernardo. Quatro anjos estão também presentes no momento. Primeiramente, a obra transmite um sentimento de calmaria, tudo parece sereno e tranquilo, até mesmo as cores que compõe o quadro e a luz representada em tons de amarelo transmitem ao espectador esse sentimento de mansidão.

O cenário, arquitetonicamente pensado pelo artista, mostra uma construção inspirada nos templos gregos e uma paisagem ao fundo. Tudo parece seguir padrões e regras. A semelhança entre os anjos e a virgem não está só no físico, mas também na serenidade e na luz que esses personagens transmitem ao espectador. Diferentemente das cores complementares do vestido vermelho da Virgem e o manto verde dos anjos, o que nos leva a perceber que os personagens usam trajes de cores vivas, exceto o de São Bernardo, um manto bege.

Olhando a obra atentamente, observamos o entalhe da escrivaninha de S. Bernardo que, ao centro, sustenta uma flor, um livro aberto, obedecendo a uma perspectiva assim como o tampo da mesa. Grandes dobras da roupa de S. Bernardo seguem quase todo o tecido da roupa, deixando evidente um corpo embaixo daquele pano. Esse volume também é perceptível na roupagem da virgem e dos anjos. Os tecidos dobram-se, modelam-se em cima de um corpo, diferentemente de algumas obras do início da Renascença, em que o tecido era exagerado, não sendo possível ao observador encontrar um corpo sob tantas dobras pesadas. E mesmo apesar de algumas dobras do manto de S. Bernardo terem seu peso, é possível perceber, por exemplo, o joelho dobrado.

(...) algumas de suas obras de maior êxito demostram que Perugino sabia obter a sensação de profundidade sem perturbar o equilíbrio do desenho, e que ele tinha aprendido a manipular o sfumato de Leonardo para evitar uma aparência dura e rígida em suas figuras. (GOMBRICH, 2009: 315)

A simetria pode ser observada na arquitetura, nas colunas de estilo grego que começam no primeiro plano do quadro, uma do lado esquerdo e outra do lado direito, formando também a moldura. Tais colunas seguem até o final do templo, dando ideia de profundidade; os arcos que formam o teto acentuam ainda mais essa perspectiva.

No centro da pintura, logo que a construção termina, com um chão num quase quadriculado em tons de bege claro e cinza, vemos uma paisagem: tons de verde se misturam na representação dos arbustos, montes e árvores com o azul da água do estreito rio. Três árvores representadas nessa paisagem deixam mais clara a ideia de longitude, de profundidade. O céu é uma mistura de rosa claro, um azul quase cinza e o amarelo de sol poente.

Embora uma obra apenas não demonstre quão grande um artista se tornou, algumas obras de Perugino podem oferecer ao espectador um mundo mais sereno e harmonioso, se comparado ao nosso.

sábado, 9 de abril de 2011

A arte e a tecnologia - documentário

Essa semana, mais uma vez, o sábado à noite foi a minha salvação (e a da promessa do blog). Voltando da pós, após ver vários projetos de monografia dos meus colegas (diga-se de passagem, muito queridos - esse CHA4 é o máximo!), fiquei pensando o quanto a minha geração já é tecnológica, o quanto todos somos e precisamos ser assim nos dias de hoje.

Vídeo-game, celular, computador, e-book, tudo isso fazendo parte do nosso dia e da nossa vida, não podendo ser substituido, pois, são todos, parte de nossa vida, da vida moderna, contemporânea, pós-contemporânea, enfim, como se quiser chamar...

A criatividade e a arte não deixaram de existir na era tecnologica, só mudaram, se modificaram, evoluiram com o mundo.

A arte digital se faz cada vez mais presente. Hoje por exemplo, nas Bienais, vemos inúmeros vídeo-arte.

Foi aí que me lembrei de algo que fez parte da minha formação em arte, e gostaria de dividir aqui. É um documentário onde alguns universitários contam suas trajetórias e como formaram suas repúblicas estudantis. Espero que gostem (eu não me canso de ver, faz parte de mim).


(Por algum motivo, não consegui postar o vídeo aqui, mas segue o link de onde pode ser visto)

sábado, 2 de abril de 2011

Regina Silveira

Hoje a tarde fiquei desesperada quando lembrei que não tinha feito um texto para o blog essa semana. Bom, sábado à noite ainda faz parte da semana, né? Voltando da aula, fiquei pensando em alguém para escrever. Lembrei que semana passada fui ao apartamento de uma colega de sala que tem obras de arte espalhadas por todo canto, até parece uma galeria. Entre os seus inúmeros quadros de gente famosa, um desenho emoldurado de Regina Silveira me surpreendeu. Achei o máximo ter uma amiga com uma obra dela na parede. Na graduação fiz um trabalho sobre ela, quando entrevistei uma professora que foi sua aluna dela na FAAP em São Paulo e participou de vários de seus projetos.
Vamos à dona do post, então.
Regina Silveira nasceu no Rio Grande do Sul em 1939, teve uma formação acadêmica muito rígida, seus professores ainda pregavam a verossimilhança no desenho e na pintura. Estudou na Europa e nos EUA. Voltou para o Brasil e além de artista, tornou-se professora na Fundação Armando Álvares Penteado.

Serigrafias, gravuras, desenhos, off set e multimídias são técnicas presentes em seu trabalho. Regina pouco usou a computação gráfica na década de 1970, quando fez suas distorções. Naquela época, seu trabalho era feito todo manualmente, em papel quadriculado e milimetricamente calculado. Suas distorções precisavam ser vistas de um exato ângulo para que se compreenda o que é o objeto, caso contrário, ele fica realmente distorcido.

Fez várias séries como Simulacros, Inflexões, Pragas, Enigmas, Luz/Zul, Pronto para morar, Desaparências e Anamorfas.
Conhecida internacionalmente, já expôs na Europa, nos EUA e no Canadá.
Sombras, perspectivas e distorções são significados que nos remetem a ela, que foi também formadora de jovens artistas.
Seguem abaixo algumas de suas obras:
Queria postar o vídeo com a entrevista que fiz (junto com uma amiga da graduação), mas está em algum backup, muito longe de ser encontrado. Essa semana eu encontro, posto e já fica valendo como o post da semana, ok? ;)



Desaparências


In Absentia


Pragas


Encuentro


O paradoxo do santo