sexta-feira, 29 de abril de 2011
Abadia de Westminster
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Renascimento
Da Itália: Pietro Perugino
O italiano Pietro Perugino (1450-1523), retratou entre tantas cenas, uma onde a Virgem aparece para São Bernardo. Quatro anjos estão também presentes no momento. Primeiramente, a obra transmite um sentimento de calmaria, tudo parece sereno e tranquilo, até mesmo as cores que compõe o quadro e a luz representada em tons de amarelo transmitem ao espectador esse sentimento de mansidão.
O cenário, arquitetonicamente pensado pelo artista, mostra uma construção inspirada nos templos gregos e uma paisagem ao fundo. Tudo parece seguir padrões e regras. A semelhança entre os anjos e a virgem não está só no físico, mas também na serenidade e na luz que esses personagens transmitem ao espectador. Diferentemente das cores complementares do vestido vermelho da Virgem e o manto verde dos anjos, o que nos leva a perceber que os personagens usam trajes de cores vivas, exceto o de São Bernardo, um manto bege.
Olhando a obra atentamente, observamos o entalhe da escrivaninha de S. Bernardo que, ao centro, sustenta uma flor, um livro aberto, obedecendo a uma perspectiva assim como o tampo da mesa. Grandes dobras da roupa de S. Bernardo seguem quase todo o tecido da roupa, deixando evidente um corpo embaixo daquele pano. Esse volume também é perceptível na roupagem da virgem e dos anjos. Os tecidos dobram-se, modelam-se em cima de um corpo, diferentemente de algumas obras do início da Renascença, em que o tecido era exagerado, não sendo possível ao observador encontrar um corpo sob tantas dobras pesadas. E mesmo apesar de algumas dobras do manto de S. Bernardo terem seu peso, é possível perceber, por exemplo, o joelho dobrado.
(...) algumas de suas obras de maior êxito demostram que Perugino sabia obter a sensação de profundidade sem perturbar o equilíbrio do desenho, e que ele tinha aprendido a manipular o sfumato de Leonardo para evitar uma aparência dura e rígida em suas figuras. (GOMBRICH, 2009: 315)
A simetria pode ser observada na arquitetura, nas colunas de estilo grego que começam no primeiro plano do quadro, uma do lado esquerdo e outra do lado direito, formando também a moldura. Tais colunas seguem até o final do templo, dando ideia de profundidade; os arcos que formam o teto acentuam ainda mais essa perspectiva.
No centro da pintura, logo que a construção termina, com um chão num quase quadriculado em tons de bege claro e cinza, vemos uma paisagem: tons de verde se misturam na representação dos arbustos, montes e árvores com o azul da água do estreito rio. Três árvores representadas nessa paisagem deixam mais clara a ideia de longitude, de profundidade. O céu é uma mistura de rosa claro, um azul quase cinza e o amarelo de sol poente.
Embora uma obra apenas não demonstre quão grande um artista se tornou, algumas obras de Perugino podem oferecer ao espectador um mundo mais sereno e harmonioso, se comparado ao nosso.
sábado, 9 de abril de 2011
A arte e a tecnologia - documentário
sábado, 2 de abril de 2011
Regina Silveira
Hoje a tarde fiquei desesperada quando lembrei que não tinha feito um texto para o blog essa semana. Bom, sábado à noite ainda faz parte da semana, né? Voltando da aula, fiquei pensando em alguém para escrever. Lembrei que semana passada fui ao apartamento de uma colega de sala que tem obras de arte espalhadas por todo canto, até parece uma galeria. Entre os seus inúmeros quadros de gente famosa, um desenho emoldurado de Regina Silveira me surpreendeu. Achei o máximo ter uma amiga com uma obra dela na parede. Na graduação fiz um trabalho sobre ela, quando entrevistei uma professora que foi sua aluna dela na FAAP em São Paulo e participou de vários de seus projetos.
Vamos à dona do post, então.
Regina Silveira nasceu no Rio Grande do Sul em 1939, teve uma formação acadêmica muito rígida, seus professores ainda pregavam a verossimilhança no desenho e na pintura. Estudou na Europa e nos EUA. Voltou para o Brasil e além de artista, tornou-se professora na Fundação Armando Álvares Penteado.
Serigrafias, gravuras, desenhos, off set e multimídias são técnicas presentes em seu trabalho. Regina pouco usou a computação gráfica na década de 1970, quando fez suas distorções. Naquela época, seu trabalho era feito todo manualmente, em papel quadriculado e milimetricamente calculado. Suas distorções precisavam ser vistas de um exato ângulo para que se compreenda o que é o objeto, caso contrário, ele fica realmente distorcido.
Fez várias séries como Simulacros, Inflexões, Pragas, Enigmas, Luz/Zul, Pronto para morar, Desaparências e Anamorfas.
Conhecida internacionalmente, já expôs na Europa, nos EUA e no Canadá.
Sombras, perspectivas e distorções são significados que nos remetem a ela, que foi também formadora de jovens artistas.
Seguem abaixo algumas de suas obras:
Queria postar o vídeo com a entrevista que fiz (junto com uma amiga da graduação), mas está em algum backup, muito longe de ser encontrado. Essa semana eu encontro, posto e já fica valendo como o post da semana, ok? ;)