segunda-feira, 20 de junho de 2011

Tarsila e o modernismo brasileiro

Um mês sem aparecer aqui e volto com a promessa de colocar o blog em dia ;)


Esse post é especialmente pra minha mais nova leitora, a Alice (que amanhã completa 10 meses de vida) e sua mãe (minha amiga e teacher): um pedido sobre a Tarsila do Amaral. Achei legal e um tanto desafiador, porque tenho uma opinião sobre essa artista muito particular...

Tarsila do Amaral nasceu em Capivari, interior do estado de São Paulo, em 1886 (cem anos antes de mim, rs). Seu pai foi herdeiro de uma grande fortuna, o que permitiu a artista estudar pintura no exterior.


Não é possível falar dela, sem citar o movimento modernista brasileiro, um pré-modernismo. A tendência na Europa já eram as vanguardas, o que pra mim Anita Malfatti representa muito bem no Brasil. Aqui, houve uma tendência ao nacionalismo, com a intenção de uma arte genuinamente brasileira (e esse era o objetivo do nosso modernismo). Adotou-se uma linguagem de vanguarda e um tema nada vanguardista (nacionalismo).


Havia uma busca em envolver/absorver a arte internacional, o que Tarsila transfigurou no seu Abapuru e o movimento antropofágico, mas o nacionalismo sempre reinou. O Brasil ainda era, na década de 1920, um país agrário, recém liberto da escravidão, portanto, não havia ambiente para uma arte moderna. Mas tentou-se. E o lado bom é que tivemos um grande movimento cultural, seja na literatura, na pintura, na música... Foi realmente o início de uma arte genuinamente brasileira. De movimentos artísticos que envolveram a “modernização” do país.


Tarsila foi pra Europa, estudou pintura, casou-se com Oswald de Andrade e fez parte da Semana de Arte de 1922. Sem grande envolvimento com a crítica social, apesar de suas fábricas e operários, ela contribuiu grandiosamente para a arte com sua pintura colorida e simples.



A gare


Operários


O sol


Abaporu

3 comentários:

Unknown disse...

Carla, acabei de chegar de viagem, e tenho esse post "me esperando", obrigada, adorei o texto, fiquei super feliz...
A Alice continua gostando mesmo de telas, é sempre a primeira coisa que ela nota e mostra em um ambiente, precisamos mostrar coisas legais pra ela né? ;)
bjim e estamos te esperando em BH

Marcella Campos disse...

me gusta!!!!!!!!11

Leonardo Léllis disse...

O que eu mais gosto é o dos "Operários", companheira!